Marcela Dutra e
Rafaela Alves
Fui chamada para dar uma palestra no Colégio Aplicação João XXIII, sobre meu trabalho de detetive.
Cheguei no colégio às oito e cinquenta, e já fui me encaminhando à secretaria. Após chegar lá, encontrei o coordenador, e ele me levou à primeira sala que eu iria dar a palestra, que era no primeiro ano A.
O sinal já havia batido, indicando a troca de professores para a nova aula, mas aquele dia seria diferente, eles teriam a minha palestra.
Entrei na sala junto com a professora, os alunos entravam sentando, a professora pediu o protocolo a uma das representantes, e viu que uma aluna que estava presente na primeira aula, já não estava presente na segunda aula.
A professora comentou comigo que achava que essa aluna que não estava presente na aula, possivelmente estava “matando” aula dentro da escola. Então a professora pediu para eu ir iniciando a palestra, que ela iria atrás da menina.
Minutos depois quando eu estava no meio da palestra, a professora entra na sala muito assustada e chorando.
Ela estava vindo em minha direção, já anunciando o assassinato da menina que não estava presente.
Assustada eu pedi à professora que me levasse até a menina, chegando lá a menina estava em um dos corredores deitada no chão e esfaqueada.
Logo eu liguei para a polícia pois eu não iria conseguir desvendar o enigma daquele assassinato sozinha, e eles chegaram ao colégio em poucos minutos.
Eu fui interrogar alguns dos amigos e professores da menina morta.
A primeira pessoa foi um professor de ciências, por alto fiquei sabendo que ele era apaixonado pela mãe da menina, e já ameaçou matar a menina se a mãe dela não ficasse com ele. Ele gostava muito de Bruna (a menina morta) e que ela era muito atenta às aulas e inteligente.
Os próximos foram um grupo de meninas, elas falaram que Bruna era muito popular na escola e que despertava a inveja de muitas garotas pois além de popular ela era alta e bonita.
Ao passar em um corredor indo ao encontro da mãe de Bruna, ouvi um grupo de jovens falando que não achou mal Bruna ter morrido.
Fiquei surpresa e voltei para perguntar porque eles falaram aquilo. Todos ficaram calados, só um garoto com cara de assustado saiu às pressas.
Eu ia atrás dele mas estava muito atrasada para falar com Bruna, mas reparei bastante nele e mais tarde iria atrás dele.
Voltei a caminhar pelo corredor e logo vi uma mulher muito bonita chorando, perguntei se ela era a Senhora Ana Luiza, mãe de Bruna. Ela respondeu que sim.
Perguntei como ela estava, ela respondeu que não acreditava que sua única filha tinha morrido, mas que estava aceitando porque era a hora dela.
Comecei o interrogatório, a primeira coisa que perguntei foi como foi a manhã de Bruna. Ela disse que foi feliz mas que ela estava aflita pois ontem havia terminado com Felipe, seu namorado. Perguntei também qual era o motivo deles terminarem. Bruna me falou que foi por ciúmes, porque tem um menino aqui na escola que gosta de Bruna e fica dando em cima dela e Felipe não gosta.
- E Felipe estuda nessa escola?
- Sim, ele está no terceiro ano e acho que não veio na aula hoje.
Agradeci e saí.
O corpo de Bruna já tinha ido para o IML, lá ele seria observado.
Já estava chegando a hora dosa alunos saírem, então caminhei até a saída para ver se encontrava aquele menino que parecia assustado.
Vários alunos estavam descendo, mas logo reconheci o menino que parecia assustado, ele parecia estar com pressa e acompanhado com um garoto.
Parei ele e perguntei seu nome, ele disse que se chamava Jorge. Jorge qual é o seu contato com Bruna? Ele disse nenhum, então liberei ele.
Assim que ele desceu escutei um comentário, dele com um amigo. O comentário era: estou ferrado.
Esse comentário é bem suspeito, pensei.
Alistei todos os suspeitos, o professor de ciência, Jorge, Felipe, mas fiquei sabendo que Felipe estava viajando, ele viajou horas antes de Bruna morrer, junto com sua mãe.
Liguei para o IML e eles disseram que com a ajuda do luminol eles encontraram digitais de um menino de mais ou menos dezesseis anos.
Então descartei a hipótese do professor de ciências ser o assassino, sobrou apenas Jorge, que tem dezesseis anos. Consegui algumas digitais dele e eram compatíveis.
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