Vitória Camillo
Vitória Araújo
Fui tomar água no prédio do fundamental, quando escutei uma discussão na sala dos professores, um funcionário do colégio discutia com o coordenador de ensino. Eu já sabia que eles não se davam bem, mas não imaginava que poderiam brigar.
De repente escutei um estouro, antes eu não podia escutar com clareza o que diziam, mas depois desse estouro não escutei mais nada. Saí correndo com medo de alguém me ver prestando atenção na situação que não estava diante dos meus olhos. Fui para minha sala. Não comentei nada com ninguém.
Fiquei curioso para saber o que causara aquele barulho, será que era um tiro? Não sabia, decidi deixar um pouco de lado a história, caso contrário, eu ficaria pensando naquilo o tempo todo.
Desde pequeno eu tinha de ficar até tarde no colégio, então conhecia quase todos os funcionários de lá.
Passou-se uma semana, fiquei sem ver o coordenador de ensino e o caseiro do colégio. Achei estranho, mas deixei pra lá.
Na hora da saída fiquei zanzando pelo colégio, como de costume, foi quando no final do corredor eu ouvi outro estrondo, como se fosse algo bem pesado batendo na porta, seguido de um outro barulho, acho que vidro caindo no chão, se quebrando. Pensei que fosse um copo, quando vi a Dona Adrimara saindo da cozinha, ela era a cozinheira.
No outro dia , ouvi outra discussão vinda da diretoria dessa vez, achei esquisito, lá era sempre silencioso não se ouvia um pio.
Aquele colégio estava estranho, eu tinha que saber o que estava acontecendo, então resolvi entrar na cozinha, achei alguns cacos de vidro no chão, do lado da geladeira, era um tipo de espelho e a garrafa de café não estava à vista. Mais tarde percebi que não estava no local. Eu tinha de ir embora, meu pai me ligava.
Cheguei em casa, liguei para o meu melhor amigo, ele me falou que ia me ajudar a “investigar” no dia seguinte. Na primeira aula, fomos matar aula num matagal que havia atrás da minha escola, chegando lá, vi pegadas femininas no barro, mais pra frente seguindo as pegadas, encontrei um pedra suja de sangue. Era o corpo do caseiro todo ensanguentado com um corte no pescoço.
Liguei os fatos, Dona Adrimara, matara o caseiro, que deve ter discutido com o diretor, sobre o coordenador ter atirado uma estátua no chão.
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